segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Trabalhos desenvolvidos pelos alunos

Dizem que o mal não entra pela boca. Mas tratando-se de produtos transgênicos a história não é bem assim. Criado para aumentar as cifras dos grandes laboratórios especialistas em “mutação alimentar” e fazer brilhar os olhos dos produtores que sonham em ganhar mais com menos, os transgênicos figura hoje como uns dos maiores perigos para as gerações futuras.Modificando o que a Natureza criou não se sabe que tipo de seres humanos nascerão nos próximos 50 anos. Uma coisa é certa: tratando-se de meio ambiente, onde o homem põe a mão as modificações podem ser drásticas. Confira o que nossos ambientalistas mirins prepararam para você, leitor. Consuma produtos orgânicos: faz bem à saúde e ao meio ambiente


Por Thays Flávia, 15 anos

Alimentos orgânicos são aqueles sem agrotóxicos e sem fertilizantes químicos, ou seja, alimentos 100% naturais. Os produtos orgânicos fazem bem não só a nossa saúde, mas também ao meio ambiente. Nós, consumidores, vamos poder identificar esses produtos a partir do próximo ano, através de um selo que o diferenciará dos outros produtos.
Possuir um selo de certificação de produtos orgânicos era inacessível para os pequenos produtores. Em função disso e da legislação para orgânicos de 2008, o Governo Federal decidiu certificar os pequenos produtores gratuitamente.
Para se adquirir o selo é necessário obter um certificado, após a comprovação do não-uso de produtos químicos, sementes transgênicas e o uso de água de boa qualidade, além do respeito à mão de obra.
O produtor de hortaliças Erotides Rodrigues já produzia orgânicos em Taquaruçu, e agora vai apostar numa produção maior. ‘Fui beneficiado por um programa do Banco do Brasil e agora vou poder dedicar-me mais aos orgânicos’, comemora.
Fique de olho, a partir de 2010 verifique se o produto que você está levando para casa possui o selo de certificação. Consuma saúde a proteja o meio ambiente!


Livre-se dos alimentos transgênicos

Os produtos transgênicos ou OGM (Organismo Geneticamente Modificado) são organismos que sofreram a adição de células de outros seres vivos. Isso é feito para tornar o produto mais resistente às pragas de insetos e para conservá-los por mais tempo.
Os transgênicos podem estar em praticamente qualquer alimento, principalmente pelo fato dos animais se alimentarem de plantas geneticamente modificadas. Nós nos alimentamos destes animais e consumimos transgênicos, indiretamente.
Os primeiros alimentos modificados foram a soja e o milho, depois o algodão. A Espanha é a maior produtora de alimentos transgênicos da União Européia.
A engenheira ambiental Silvia Cecília Secato, diz que a principal vantagem dos transgênicos, segundo os produtores, seria matar a fome no mundo. Eles argumentam que a planta resiste às secas e as pragas, aumentando a produção. Porém, a grande desvantagem é não saber as conseqüências do consumo diário desses alimentos. O que se sabe hoje é que a população que consome esse produto vem apresentando alergias até então desconhecidas.
Fique esperto! No supermercado, antes de comprar algo observe no rótulo a procedência da produção. Somente as marcas de óleo são obrigadas a fornecer essa informação. Se você observar um triangulo amarelo com o T, descarte o produto.


Os 7 pecados capitais dos transgênicos


Conheça os principais problemas dessa tecnologia que coloca em xeque a biodiversidade do planeta, provoca inúmeros problemas na agricultura mundial e afronta diretamente o Princípio da Precaução da ONU.


1. Contaminação genéticaAgricultores que queiram se dedicar ao cultivo convencional ou orgânico já sabem: se tiver alguma plantação transgênica nas redondezas, a contaminação é garantida e a missão, impossível.


2. Ameaça à biodiversidadeA contaminação genética pode ter também um efeito devastador na biodiversidade do planeta. Ao liberar organismos geneticamente modificados na natureza, colocamos em risco variedades nativas de sementes que vêm sendo cultivadas há milênios pela humanidade. Além disso, os transgênicos podem afetar diretamente seres vivos que habitam o entorno das plantações.


3. Dependência dos agricultor

sA empresa de biotecnologia Monsanto é hoje a maior produtora de sementes do mundo, convencionais e transgênicas. Além disso, é também uma das maiores fabricantes de herbicidas do planeta, com destaque para o Roundup, muito usado em plantações de soja geneticamente modificada no sul do Brasil. Com essa venda casada - semente transgênica mais o herbicida o qual a planta é resistente -, os agricultores ficam presos num ciclo vicioso, totalmente dependentes de poucas empresas e das políticas de preços adotadas por elas.

4. Baixa produtividade

O argumento de quem defende os transgênicos como solução para a crise alimentar que vivemos vem caindo por terra, dia após dia. Os transgênicos já se mostraram pouco competitivos economicamente, e recentes estudos promovidos por universidades americanas comprovaram que variedades transgênicas são até 15% menos produtivas do que as convencionais. Confrontadas com os resultados das pesquisas, empresas de biotecnologia admitiram que seus transgênicos não foram criados para serem mais produtivos, mas sim para serem resistentes aos agrotóxicos fabricados por essas mesmas empresas. Num primeiro momento, os transgênicos podem até ser mais produtivos do que os cultivos convencionais ou orgânicos/ecológicos, mas a médio e longo prazos, o que se tem verificado é uma redução na produção e um aumento significativo nos preços dos insumos como o glifosato, principal herbicida usado em plantações transgênicas.

5. Desrespeito ao consumidor (rotulagem)

O Brasil tem uma lei de rotulagem em vigor desde 2004, que obriga os fabricantes de alimentos a rotularem as embalagens de todo produto que contenha 1% ou mais de matéria-prima transgênica. No entanto, apenas duas empresas de óleo de soja rotulam alguns de seus produtos - e mesmo assim, só depois de terem sido acionadas judicialmente pelo Ministério Público. Há milhares de produtos nas prateleiras dos supermercados brasileiros que chegam à mesa das pessoas sem a devida informação sobre o uso de substâncias geneticamente modificadas, numa afronta direta à lei e num claro desrespeito ao consumidor.6. Uso excessivo de herbicidaO caso da Argentina é emblemático: depois que os transgênicos começaram a serem plantados em suas terras, o consumo de herbicida explodiu no país, que passou a ser um dos que mais usam produtos químicos em plantações no mundo, atrás apenas dos Estados Unidos. A explicação é simples: como os transgênicos são resistentes a um tipo específico de herbicida, o agricultor usa cada vez mais dele para proteger sua plantação de pragas.


6. Ameaça à saúde humana


Não existem estudos científicos que comprovem a segurança dos transgênicos para a saúde humana. Apesar de exigidos por governos de todo o mundo, as empresas de biotecnologia nunca conseguiram apresentar relatórios nesse sentido - e ainda assim, seus produtos são aprovados. Por outro lado, alguns estudos independentes indicaram problemas sérios, como alterações de órgãos internos (rins e fígado) de cobaias alimentadas com milho transgênico MON863 da Monsanto.



FONTE: GREENPEACELeilane MarinhoJornalista-Professora Oficina Jornal

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